O brasileiro conta que estava em seu quarto no prédio de dois andares onde mora, que abriga vários estrangeiros, quando sentiu o forte terremoto. "Meu quarto fica no andar térreo. Eu estava sentado à frente do computador e senti algo muito estranho, parecia que eu estava tendo uma tontura", disse Silva.
Xi'an, capital da Província de Shaanxi, fica a cerca de 600 quilômetros da Província de Sichuan, onde foi registrado o epicentro do tremor, por volta das 14h30 locais (3h30 de Brasília).
"Olhei então pela janela do meu quarto e vi que tudo lá fora estava tremendo bem forte também. Não dava nem para caminhar, parecia que você ia se desequilibrar", acrescentou o potiguar.
Nascido em Touros (RN), ele é formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e faz doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP).
Vivendo na China desde setembro de 2007 para uma pesquisa sobre a questão camponesa no país, ele mora no campus da universidade, onde também dá aulas de língua portuguesa.
Silva contou com a ajuda de dois colegas, uma iraniana e um egípcio, para conseguir sair do prédio. Os três se sentaram então em bancos no jardim do edifício. "Ficamos ali sentados e o tremor ainda continuou por cerca de seis ou sete minutos. Foi muito assustador", afirma.
De acordo com o brasileiro, logo após o terremoto, uma multidão de alunos e professores se formou no campus. "Os estudantes estão muito assustados e uma grande parte deles irá dormir ao ar livre, fora de seus dormitórios e longe dos prédios, por medo de novos tremores". Ele, no entanto, pretende passar a noite em seu quarto.
"Vou ficar em meu dormitório, até porque o nosso prédio é baixo, tem apenas dois andares. Mas duvido que consiga dormir, tanto que já são 2h (15h30 de Brasília) e estou acordado, dando notícias a familiares no Brasil".
Com informações da Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário