Enquanto a maioria dos municípios potiguares acompanha grandes mobilizações políticas, em sete cidades o clima é de tranqüilidade total.
Em Tabuleiro Grande, segunda menor cidade do Rio Grande do Norte, onde as eleições para prefeito já renderam o resultado com a diferença de apenas um voto, parte da população já dorme e os poucos moradores que se encontram nas ruas afirmam que a tranqüilidade nos últimos dias parece ter aumentado.
"Aqui não parece nem que é tempo de eleição", destaca o agricultor José Evilásio, no momento em que caminhava rumo a sua casa, nas ruas esvaziadas da cidade oestana.
Sem a existência de embates políticos para a escolha de prefeitos, as cidades de Antônio Martins, José da Penha, Luís Gomes, Major Sales, Portalegre e Viçosa vivem a mesma rotina com um período de eleições diferente.
Os motivos para a garantia das candidaturas únicas variam, mas com tendências voltadas para a tradição e influência de líderes políticos, efeito de administrações revolucionárias e desencadeamento de acordos políticos.
Com a disputa concentrada na escolha dos vereadores, as sete cidades oestanas vivem em clima de tranqüilidade quase que total, quebrada apenas pelo corpo-a-corpo ou presença de alguns carros de som ligados aos candidatos a vereador com maior estrutura.
Comícios são raros, mas em algumas cidades, mesmo diante das candidaturas únicas, é possível verificar a presença de mobilizações.
Em Viçosa, há 15 dias foi realizado um grande comício com passeata e presença de lideranças estaduais.
A mobilização iniciada à tarde entrou pela noite e contou com a presença do deputado federal Felipe Maia (DEM), oportunidade para os vereadores apresentarem suas propostas e a população se integrar ao clima de campanha até então desconhecido.
Em Portalegre, mesmo sem a disputa para o cargo de prefeito, os candidatos que almejam uma vaga na Câmara Municipal reforçam o contato com o eleitor a partir da aplicação de estratégias que dificilmente seriam executadas numa disputa comum.
"Consegui levar o deputado federal Felipe Maia para participar de um comício numa grande localidade rural de Portalegre. O fato entrou para a história. Nunca um deputado federal tinha ido à zona rural da cidade", destaca o vereador José Augusto (DEM), que busca a reeleição.
Mesmo com a comodidade de não disputar votos contra adversários, os sete candidatos únicos do Rio Grande do Norte terão de garantir uma votação mínima para confirmar a eleição em outubro próximo.
Segundo a lei, é necessária a confirmação de 50% dos votos, mais um, para que o nome seja homologado prefeito a partir de 1.º de janeiro.
Veja o resumo de como cada cidade chegou à candidatura única
Antônio Martins – Após emplacar duas gestões administrativas que revolucionaram o cenário urbanístico, o prefeito José Júlio (PT) conseguiu articular a formação de um grupo único para a disputa da prefeitura, liderado pelo advogado Edmilson Fernandes. Com candidatura única para prefeito, a cidade acompanha a disputa por uma vaga no Legislativo apenas a partir da inscrição de 12 candidatos a vereador.
Viçosa – Menor município do Estado, Viçosa conta com história parecida com a de Antônio Martins. Após oito anos de gestão consecutiva marcada por uma revolução urbanística e social, o ex-prefeito Antônio Gomes Amorim, “Toinho da Miragem”, indicou a sucessora para as eleições 2004 Maria José Oliveira, que já foi eleita a partir de consenso. Na cidade oestana, a última disputa foi verificada em 1996.
José da Penha – Favorecido pela desenvoltura do tio e ex-prefeito Jorge Dólar, o universitário Abel Dólar conseguiu vencer as eleições 2004 contra o médico Raimundinho, fragilizando a oposição. Neste ano de 2008, sem nomes com expressão, o grupo oposicionista não teve força para o embate, o que favoreceu a candidatura única destinada à reeleição de Abel.
Major Sales – Esposa do atual prefeito de Luís Gomes, a prefeita de Major Sales, Maria Elce, busca a renovação do mandato numa cidade habituada à inexistência de disputa pelo cargo máximo do município. Praticamente sem a existência de oposição, a cidade oestana é uma das mais novas do Estado e só conheceu até o momento dois prefeitos, ambos eleitos com mais de 70% dos votos do eleitorado local.
Luís Gomes – Tido como um dos mais sólidos lideres políticos do Estado, o prefeito de Luís Gomes, Pio X Fernandes, é um dos maiores ícones do segmento de articulação política em todo o Estado. Num cenário de disputas acirradas em pelo menos 160 cidades, Pio X garantiu a articulação de candidaturas únicas em duas cidades.
Além de Major Sales, onde encaminhou o projeto de reeleição da esposa Maria Elce, o prefeito oestano garantiu a candidatura do sobrinho Carlos José Fernandes, “Dedezinho”, ex-prefeito de Major Sales, que disputa os votos luís-gomenses neste ano com o apoio de 100% dos partidos locais.
Portalegre – A cidade serrana de Portalegre é uma das estreantes no cenário de eleição com candidatura única para prefeito nas eleições 2008. Habituada a disputas radicais entre duas alas tradicionais da política local, a cidade oestana viu a partir das eleições de 2006 a formação de um cenário favorável para a unificação da candidatura a prefeito. Unidos a partir da candidatura do senador Garibaldi Filho na eleição de 2006, líderes do PMDB, PP e DEM mantiveram o projeto em comum e somam forças em torno da reeleição do prefeito Euclides Pereira.
Taboleiro Grande – A segunda menor cidade do Rio Grande do Norte conta com uma mudança de cenário radical. O município, que já teve disputas acirradas decididas por apenas um voto, vem acompanhando, ao longo dos últimos anos, a fragmentação do agrupamento oposicionista.
Em Tabuleiro Grande, segunda menor cidade do Rio Grande do Norte, onde as eleições para prefeito já renderam o resultado com a diferença de apenas um voto, parte da população já dorme e os poucos moradores que se encontram nas ruas afirmam que a tranqüilidade nos últimos dias parece ter aumentado.
"Aqui não parece nem que é tempo de eleição", destaca o agricultor José Evilásio, no momento em que caminhava rumo a sua casa, nas ruas esvaziadas da cidade oestana.
Sem a existência de embates políticos para a escolha de prefeitos, as cidades de Antônio Martins, José da Penha, Luís Gomes, Major Sales, Portalegre e Viçosa vivem a mesma rotina com um período de eleições diferente.
Os motivos para a garantia das candidaturas únicas variam, mas com tendências voltadas para a tradição e influência de líderes políticos, efeito de administrações revolucionárias e desencadeamento de acordos políticos.
Com a disputa concentrada na escolha dos vereadores, as sete cidades oestanas vivem em clima de tranqüilidade quase que total, quebrada apenas pelo corpo-a-corpo ou presença de alguns carros de som ligados aos candidatos a vereador com maior estrutura.
Comícios são raros, mas em algumas cidades, mesmo diante das candidaturas únicas, é possível verificar a presença de mobilizações.
Em Viçosa, há 15 dias foi realizado um grande comício com passeata e presença de lideranças estaduais.
A mobilização iniciada à tarde entrou pela noite e contou com a presença do deputado federal Felipe Maia (DEM), oportunidade para os vereadores apresentarem suas propostas e a população se integrar ao clima de campanha até então desconhecido.
Em Portalegre, mesmo sem a disputa para o cargo de prefeito, os candidatos que almejam uma vaga na Câmara Municipal reforçam o contato com o eleitor a partir da aplicação de estratégias que dificilmente seriam executadas numa disputa comum.
"Consegui levar o deputado federal Felipe Maia para participar de um comício numa grande localidade rural de Portalegre. O fato entrou para a história. Nunca um deputado federal tinha ido à zona rural da cidade", destaca o vereador José Augusto (DEM), que busca a reeleição.
Mesmo com a comodidade de não disputar votos contra adversários, os sete candidatos únicos do Rio Grande do Norte terão de garantir uma votação mínima para confirmar a eleição em outubro próximo.
Segundo a lei, é necessária a confirmação de 50% dos votos, mais um, para que o nome seja homologado prefeito a partir de 1.º de janeiro.
Veja o resumo de como cada cidade chegou à candidatura única
Antônio Martins – Após emplacar duas gestões administrativas que revolucionaram o cenário urbanístico, o prefeito José Júlio (PT) conseguiu articular a formação de um grupo único para a disputa da prefeitura, liderado pelo advogado Edmilson Fernandes. Com candidatura única para prefeito, a cidade acompanha a disputa por uma vaga no Legislativo apenas a partir da inscrição de 12 candidatos a vereador.
Viçosa – Menor município do Estado, Viçosa conta com história parecida com a de Antônio Martins. Após oito anos de gestão consecutiva marcada por uma revolução urbanística e social, o ex-prefeito Antônio Gomes Amorim, “Toinho da Miragem”, indicou a sucessora para as eleições 2004 Maria José Oliveira, que já foi eleita a partir de consenso. Na cidade oestana, a última disputa foi verificada em 1996.
José da Penha – Favorecido pela desenvoltura do tio e ex-prefeito Jorge Dólar, o universitário Abel Dólar conseguiu vencer as eleições 2004 contra o médico Raimundinho, fragilizando a oposição. Neste ano de 2008, sem nomes com expressão, o grupo oposicionista não teve força para o embate, o que favoreceu a candidatura única destinada à reeleição de Abel.
Major Sales – Esposa do atual prefeito de Luís Gomes, a prefeita de Major Sales, Maria Elce, busca a renovação do mandato numa cidade habituada à inexistência de disputa pelo cargo máximo do município. Praticamente sem a existência de oposição, a cidade oestana é uma das mais novas do Estado e só conheceu até o momento dois prefeitos, ambos eleitos com mais de 70% dos votos do eleitorado local.
Luís Gomes – Tido como um dos mais sólidos lideres políticos do Estado, o prefeito de Luís Gomes, Pio X Fernandes, é um dos maiores ícones do segmento de articulação política em todo o Estado. Num cenário de disputas acirradas em pelo menos 160 cidades, Pio X garantiu a articulação de candidaturas únicas em duas cidades.
Além de Major Sales, onde encaminhou o projeto de reeleição da esposa Maria Elce, o prefeito oestano garantiu a candidatura do sobrinho Carlos José Fernandes, “Dedezinho”, ex-prefeito de Major Sales, que disputa os votos luís-gomenses neste ano com o apoio de 100% dos partidos locais.
Portalegre – A cidade serrana de Portalegre é uma das estreantes no cenário de eleição com candidatura única para prefeito nas eleições 2008. Habituada a disputas radicais entre duas alas tradicionais da política local, a cidade oestana viu a partir das eleições de 2006 a formação de um cenário favorável para a unificação da candidatura a prefeito. Unidos a partir da candidatura do senador Garibaldi Filho na eleição de 2006, líderes do PMDB, PP e DEM mantiveram o projeto em comum e somam forças em torno da reeleição do prefeito Euclides Pereira.
Taboleiro Grande – A segunda menor cidade do Rio Grande do Norte conta com uma mudança de cenário radical. O município, que já teve disputas acirradas decididas por apenas um voto, vem acompanhando, ao longo dos últimos anos, a fragmentação do agrupamento oposicionista.
Após eleger a ex-secretária Maria Miriam em 2004, o ex-prefeito Djalma Pereira garantiu a execução de um projeto que impediu o lançamento de uma candidatura oposicionista. Após várias eleições marcadas pelo acirramento, o pequeno município potiguar vive num clima de eleições centralizadas apenas para o preenchimento das vagas no Legislativo.
Fonte: O Mossoroense - Marcio Costa.
Fonte: O Mossoroense - Marcio Costa.
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