terça-feira, 23 de setembro de 2008

Prefeito é acusado de agredir moças

Caraúbas - O prefeito Eugênio Alves (PR) ganhou mais um problema para administrar e evitar que atinja o seu projeto de renovar o mandato: está envolvido com caso de polícia. É que ele foi acusado de agredir moralmente duas moças, que são eleitoras do candidato adversário. O fato ocorreu no último sábado em plena via pública, com testemunhas.

Kaliane Targino Nunes e Shalane Alves de Oliveira, residente e domiciliada na Rua Maria Nazaré de Melo, bairro Sebastião Maltinez, prestaram queixa na Delegacia de Polícia de Caraúbas, onde foi lavrado o Termo de Circunstância de Ocorrência (TCO), sob o número 142/2008.

Conforme a versão das vítimas, elas se encontravam trabalhando para o candidato a prefeito Ademar Ferreira, da coligação “Vitória do Povo”, quando se encontraram com Eugênio Alves no bairro Alto de São Severino.

Na ocasião, elas teriam sido abordadas pelo prefeito, que questionara como estavam fazendo naquele bairro. Eugênio, segundo consta no TCO, perguntou se as vítimas estavam procurando ele, e com a resposta negativa, passou a insultá-las chamando as duas moças de “caras de rapariga (prostitutas)” e de “rapariga”.Ainda abaladas com a suposta agressão, as vítimas foram orientadas a mover uma queixa-crime contra o prefeito.

Nós, portanto estamos entrando na justiça, através dos nossos advogados, com queixa-crime por ter sido atingida a nossa honra, a nossa moral”, relata uma das vítimas, respaldada pelo avogado Júlio César.

O prefeito Eugênio Alves já foi citado pela polícia, devendo comparecer hoje ao distrito policial para ser ouvido.

O acusado deverá responder a uma ação penal privada e por ele ter prerrogativa de função o TCO será encaminhado do Tribunal de Justiça do Estado, foro legal para a tramitação da ação.

CRIME ELEITORAL

Além do caso de polícia ao qual se envolveu no fim de semana, Eugênio também terá que provar que não cometeu crime eleitoral, no caso em que ele teria sido flagrado oferecendo casas e reformas, através de bilhetes. O caso foi denunciado à Justiça Eleitoral pela assessoria jurídica da coligação “Vitória do Povo”.

O suposto crime será investigado pelo delegado especial Renato Batista, que foi designado pelo delegado geral de Polícia Civil, Ben-Hur Cirino de Medeiros. Renato Batista receberá vasta documentação que está em poder da Justiça Eleitoral. Se for comprovado o crime, o prefeito terá cassado o registrado de candidatura e os seu direitos políticos.
Fonte: Jornal de Fato


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