Não gosto nem um pouco do ufanismo esportivo. Amigos me contam que nada mudou nesta Olimpíada. É a mesma forçação de barra, o mesmo tom apelativo, a mesma patacoada patriótica.
Se um atleta brasileiro perde por pouco, foi azar, mau dia, ou então porque “amarelou” na hora H; jamais é porque o adversário era ou estava melhor. Se perde por muito, ah, valeu o esforço; no Brasil não existe apoio para os esportes e pelo menos houve melhora. Se vence, Brasil-il-il-il!...
Houve quem garantisse que o Brasil já seria agora uma potência olímpica e que em Pequim arrebentaríamos, mesmo que a vasta maioria dos resultados do Pan não permitisse nenhuma afirmação como essa. E aí as pessoas ficam diante da TV, babando por medalhas como se fossem miçangas.
Sejamos egoístas; Esqueçamos o Brasil! Para o bem do Brasil e para o bem dos egoístas
Ouvi o escarcéu que Galvão Bueno fez por causa de uma medalha de ouro na natação. E como chorava o nadador! Ok. Estava emocionado. Agora vi Diego Hipólito cair de bunda no chão. chorou também. Lágrimas na vitória ou na derrota. Ele pediu desculpas aos brasileiros. Eu não aceito.
Não aceito porque ele não me deve nada. A parte que me cabe, eu devolvo. Precisamos parar com essa frescura de achar que os atletas são representantes do povo. Não são! São representantes de si mesmos.
E o “país” só vai ter alguma importância nessa área quando as ambições dos competidores forem estritamente egoístas.
Se Diego Hipólito nos devesse desculpas, Michael Phelps nadaria em nome da América.
Só que ele nada por si mesmo. A América que se dane. Mesmo ganhando os parabéns de Bush. Quem liga? Ele?...
Fonte: Alguem me disse
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