sexta-feira, 13 de junho de 2008

PF seguiu filho da governadora do RN até a residência oficial do Estado

As investigações que levaram à suposta quadrilha que teria fraudado contratos públicos no Rio Grande do Norte mostram que a residência oficial do governo estadual teria sido usada para pelo menos um pagamento de propina do esquema.

Ao todo, agentes da Polícia Federal prenderam 13 pessoas na operação desencadeada nesta sexta-feira (13) e chamada Hígia (deusa da saúde e de limpeza na mitologia grega). Doze prisões ocorreram no Rio Grande do Norte e uma na Paraíba.

Investigadores que atuaram no caso monitoraram os passos dos suspeitos e dizem que o filho da governadora Wilma de Faria (PSB), o assessor parlamentar Lauro Maia, teria recebido, em março de 2008, R$ 35,9 mil do secretário-adjunto de Esportes e Lazer do estado, João Henrique Lins Bahia, dentro da residência oficial. O secretário-adjunto teria viajado até a sede da empresa Líder, em João Pessoa (PB) para pegar o dinheiro.

A quantia chegou a ser apreendida por agentes, mas foi devolvida para, na época, não atrapalhar o rumo das investigações. O dinheiro seria a primeira parte do pagamento de propina para agilizar a prorrogação de um contrato firmado entre o governo e a Líder.

Igual quantia teria sido entregue a Lauro em abril, dentro da casa do secretário-adjunto, também em Natal (RN). A PF descarta, até o momento, o envolvimento da governadora e do pai de Lauro Maia, o deputado estadual Lavoisier Maia (PSB-RN), no episódio.

Fonte: G1

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