terça-feira, 17 de junho de 2008

Dia Mundial de Combate à Desertificação

O Planeta terra está ficando com a temperatura ambiente mais elevada nos utimos anos e uma das conseqüências desse aquecimento global é a desertificação. No Rio Grande do Norte, o Governo do Estado trabalha para diminuir os efeitos desse problema e levar à população mais informações sobre o tema. Com esse objetivo, o governo promove o II Seminário de Combate à Desertificação.

O evento será realizado no auditório da Emater, hoje, terça-feira, 17, a partir das 9h. Na programação do seminário, debates e palestras sobre o tema, exposições dos trabalhos realizados pelo governo, além da divulgação do convênio assinado entre Dnocs e Idema para o Zoneamento Ecológico Econômico da Região do Seridó.

Através do respectivo zoneamento, serão apontadas as atividades socioeconômicas a serem desenvolvidas na região.

Com o apoio das comunidades envolvidas o governo irá ampliar a capacidade produtiva das áreas em processo acelerado de desertificação e conseqüentemente mitigar os efeitos desse processo.

AÇÕES DO ESTADO

O governo coordena o Programa de Convivência com o Semi-Árido, Programa Água Doce, além do Programa de Gestão dos Recursos Hídricos e o Núcleo de Desenvolvimento Sustentável (NUDES), que tem como área piloto a microbacia do rio Cobra, localizada no Núcleo de Desertificação do Seridó, no município de Parelhas.

A área foi selecionada após articulação entre as comunidades e o governo e através de um resgate histórico das comunidades de Juazeiro, Cachoeira e Santo Antônio da Cobra.

As conseqüências da desertificação Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é "a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas". Considera as áreas suscetíveis aquelas com Índice de Aridez entre 0,05 e 0,65.

A ONU adotou o dia 17 de junho como o Dia Mundial de Combate à Desertificação

O termo desertificação tem sido muito utilizado para a perda da capacidade produtiva dos ecossistemas causada pela atividade humana.

Devido às condições ambientais, as atividades econômicas desenvolvidas em uma região podem ultrapassar a capacidade de suporte e de sustentabilidade. O processo é pouco perceptível em curto prazo pelas populações locais.

Há também erosão genética da fauna e flora, extinção de espécies e proliferação eventual de espécies exóticas.

As conseqüências deste processo geram grandes problemas econômicos. Em primeiro lugar, reduz a oferta de alimentos. Além disto, há o custo de recuperação da área degradada. Do ponto de vista ambiental, a perda de espécies nativas é uma conseqüência funesta.

Finalmente, os problemas sociais: a migração das populações para os centros urbanos, a pobreza, o desemprego e a violência. Isto gera um desequilíbrio entre as diversas regiões mundiais, uma vez que a área suscetível à desertificação encontra-se em regiões pobres, onde já há uma desigualdade social a ser vencida.


Desertificação no Brasil

No Brasil, as áreas suscetíveis à desertificação são as regiões de clima semi-árido ou subúmido seco, encontrados no Nordeste brasileiro e norte de Minas Gerais. Situam-se nesta região suscetível 1201 municípios, numa área de 1.130.790,53km², 710.437,30km² (62,8 %) de clima semi-árido e 420.258,80km² (37,2 %) de clima subúmidos secos.

São quatro os núcleos de desertificação intensa, que abrangem uma área de 18.743,5km2: Gilbués-PI, Irauçuba-CE, Seridó-RN e Cabrobó-PE.

O semi-árido brasileiro também apresenta em 10% de sua área processos graves de desertificação.

Para combater estes efeitos foi criado o Programa de Ação Nacional de combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN), sob coordenação da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. O programa envolve poderes públicos e a sociedade civil para definir diretrizes e ações para combater e prevenir a desertificação no país.

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