domingo, 9 de novembro de 2008

Crise financeira: Alerta total.

Liberou geral

Lula anunciou uma série de medidas para estimular a atividade econômica e reduzir o impacto da crise financeira internacional.
A principal iniciativa foi ampliar o prazo para que as empresas paguem determinados impostos, o que deverá injetar R$ 21 bilhões na economia.
Além disso, as linhas de empréstimo oficiais serão reforçadas, com a oferta de mais R$ 24 bilhões em crédito às empresas de grande e pequeno porte.


Principais medidas

- Mais prazo para empresas pagarem impostos: R$ 21 bllhões
- Crédito do BNDES para capital de giro de grandes empresas: R$10 bilhões
- Empréstimo do FAT para microempresas : R$ 5,25 bilhões
- Crédito do BB para capital de giro de pequenas empresas: R$ 5 bilhões
- Ajuda do BB a bancos de montadoras: R$ 4 bilhões


Média com os empregados?

O governo vai enviar ao Congresso projeto de lei estabelecendo a obrigatoriedade do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os empregados domésticos. Até agora, tal pagamento era facultativo. A contribuição será de 8% do salário bruto.

Crise real

Empresas agora entram em férias coletivas, começam pontualmente a fazer demissões, desistem das contratações temporárias para o fim do ano e refazem contas de faturamento e investimento.
Dados da Associação Comercial de São Paulo registraram crescimento zero em setembro e de novo zero em outubro nas vendas a prazo.
Houve queda de 12% nas vendas de automóveis em outubro frente a outubro do ano passado.
No varejo, as Casas Bahia cancelaram 50% das compras de fábricas do Nordeste, em função da grande inadimplência dos seus clientes, sobretudo os trabalhadores informais.


Tudo parado

A queda nas vendas fez crescer o estoque de veículos nas fábricas e lojas.
Elas fecharam outubro com 297,7 mil veículos em estoque, o equivalente a 38 dias de vendas.
Antes da crise, o total mantido nos pátios das montadoras e nas revendas equivalia a 25 dias.
Os dados incluem carros, caminhões e ônibus.


Inflação preocupa

A primeira deflação desde o início de 2006, registrada em agosto, foi a tal “visita da saúde” ao paciente prestes a morrer.
O Índice Geral dos Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em outubro, pelo segundo mês consecutivo.
A alta foi de 1,09%, após avanço de 0,36% em setembro.
No ano, o IGP-DI acumula alta de 9,51%.


Juros caindo

Sinais de recessão levaram o Banco da Inglaterra a fazer a maior redução de juros dos últimos 27 anos no Reino Unido.
O corte foi de 1,5 ponto percentual, para 3%.
O BCE (Banco Central Europeu) seguiu o mesmo rumo.Embora com menos agressividade: cortou a taxa em 0,5 ponto, para 3,25%.
E promete mais redução, porque o FMI corrigiu para baixo as previsões de crescimento para 2009.
No Brasil, a ata da reunião do Copom que manteve o juro em 13,75% na semana passada indica que ele poderá voltar a subir.

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