quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Câncer, palavra maldita?

Não, é uma palavra que assusta, seja homem ou mulher. Há alguns relatos no passado que se referem à doença que foi descrita primeiro na mulher e justamente em mama.
Hipócrates, 460-370 a.C., descreveu uma forma de “cura” praticada entre os Cítias, um povo que vivia ao norte do Mar Negro .
O tratamento da lesão:
A paciente com a mama em chagas vivas era levada pelos familiares ao cirurgião; este lhe dava vinho para beber.
Quando começava a ficar tonta, era colocada em uma cadeira e amarrada com os braços para trás e as pernas atadas às do assento.
Mais vinho até que ficasse embebedada próximo do coma alcoólico. Numa pequena fornalha, ficava uma espada de cobre que era levada ao rubro. Esta era usada pelo “médico” para extirpar a mama por queimadura.
A alta temperatura separava os tecidos e ao mesmo tempo cauterizava artérias e veias, impedindo sangramento.
Apesar do álcool no cérebro, a paciente sofria muita dor. Era lavada a ferida e a seguir usavam-se ungüentos e essências, cobrindo-a com bandagens de linho, importadas do Egito.
Um cirurgião americano, Halsted, publicou em 1882 uma técnica de extirpação radical que durante 70 anos tornou-se padrão de tratamento de câncer de mama.
E neste período não havia medicação quimioterápica ou radioterápica. As pacientes ficavam mutiladas e sobreviviam por alguns anos dependentes do tipo de câncer e do seu grau de avanço.
Depois da Segunda Guerra Mundial surgiu a radioterapia e depois a quimioterapia; a este arsenal juntou-se a hormônio-terapia.
Recentemente acena-se com mais uma arma que é a vacina desenvolvida a partir de DNA para tumores positivos, para um tipo particular de câncer, denominado HER2.
Com alguns tipos da doença que conferem maior sobrevida, as pacientes passaram a se beneficiar da reconstrução mamária, de início com uso de próteses, ultimamente com uso de retalhos cutâneos musculares. Praticam-se os dois procedimentos atualmente.
Pesquisadores no mundo inteiro, mulheres e homens, dedicam o melhor de suas vidas na busca incessante para o total domínio sobre o câncer.
Mulheres que se cuidam e se previnem são as melhores aliadas na batalha. Sem elas fica mais difícil. Mãos dadas cercarão e eliminarão o flagelo num futuro próximo.

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