Os panificadores potiguares vão tentar sensibilizar o governo do estado para reduzir a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na tentativa de frear o aumento do preço do pão. Em todo o país, o setor vem sofrendo uma crise gerada pela quebra da safra de trigo, o que fez elevar o valor da saca de farinha preocupando os empresários que já repassam os custos para o consumidor.
Em uma reunião realizada em Recife na terça-feira, a Associação Nacional da Indústria da Panificação também se dispôs a marcar uma audiência com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e solicitar uma ação do governo federal para desonerar o pão.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação no Rio Grande do Norte (Sindipan), José Américo Ferreira, a valor médio do pão no estado varia entre R$ 4,50 e R$ 7,50. O preço foi reajustado recentemente em cerca de 10% sob a alegação dos empresários de que não poderiam mais sustentar o valor da saca de trigo que subiu de R$ 76 para R$ 86. A reunião realizada em Pernambuco contou com a presença de representantes de panificadores de todo o Nordeste para discutir os problemas enfrentados.
Durante o encontro ficou decidido que as entidades locais tentariam audiências em seus estados para tentar desonerar o ICMS do pão. Além disso, uma reunião já foi agendada com a ministra Dilma para solicitar uma medida provisória que desonere os impostos sobre o pão francês.
A grande preocupação dos donos de padarias são os novos boatos de que a saca de farinha vai aumentar novamente, desta vez, para R$ 150 pois em um ano, a saca teve um acréscimo de mais de 100%. A justificativa dada aos empresários seria uma quebra na safra de trigo, além de um aumento inesperado do consumo do produto na China e Índia o que provocou desabastecimento.
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