A criança fala errado porque você ensina, ela fala o ouve, ela faz o que você faz.
A criança está brincando sobre o tapete da sala, vê a vovó chegar com uma caixa de chocolate, bate as mãozinhas e grita: Totolati, totolati!. A vovó fica feliz e diz: Que gracinha, é totolati, sim, totolati que a vovó vai dar ao anjinho... E dá chocolate ao neto.
Tudo errado. A criança não diz “totolati” por ser engraçadinha ou quer ser engraçadinha, diz porque é assim que ela ouve das outras pessoas a palavra chocolate. A criança ainda não tem maturidade neurológica para entender claramente a palavra chocolate, e pronunciá-la corretamente. Por isso diz totolati.
Qual deve ser o processo correto? Bolas, a tal vovó não enfatizar o “totolati” do netinho, mas dizer, sem corrigi-lo objetivamente “chocolate”. E assim deve ser sempre, os adultos falando corretamente com as crianças, não repetindo o que elas dizem “errado” por imaturidade neurológica.
Assim, a criança vai aprender mais cedo a pronunciar as palavras de modo correto. De outro modo, com essas bobagens de “totolati”, “tota-tola”, elas vão ter retardado o seu processo de aprendizado e boa fala.
Os pais falam errado, os filhos, imaturos na infância, assumem esses erros e os vão reproduzir.
Na escola não se ensina sobre dicção, pronúncia, prosódia, essas “tolices” que muitos dizem não servir para nada. Dá nisso que anda por aí, doutores, quase isso, que vão comer totolati e beber tota-tola... Já que os pais não o fazem, que as vovós comecem a salvar os netinhos.
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