O vírus Conficker, que já atacou milhões de computadores em todo o mundo, está programado para se manifestar em escala mundial com ainda mais força nesta quarta-feira (1º de abril), segundo informações de especialistas em segurança na internet.
Além de "roubar" dados dos computadores que invade, o vírus pode bloquear palavras-chave, o que impossibilita a visita a vários sites na internet, entre eles o da Microsoft. O que tornou o vírus tão poderoso em sua forma de "contaminar" é o fato de ele também se espalhar por meio memórias externas USB, como as utilizadas em pendrives, câmeras, iPods e MP3, entre outros.
A especialidade do vírus é descobrir e roubar contrassenhas. O vírus também se dissemina a partir de uma "botnet" (rede de computadores infectados que passam a "trabalhar" para os piratas virtuais).
Como a data é conhecida como dia da mentira ("dia dos bobos" nos EUA), muitos internautas já veem as dezenas de alertas como mais um alarme falso, um "hoax" (como são conhecidos os boatos virtuais).
Hoje, o Conficker está programado para tomar o controle de 250 sites por dia. Na quarta-feira, aumentaria sua força para chegar a 50 mil páginas diárias, o que pode tornar ainda mais difícil localizar o ataque, segundo Mikko Hyponen, da empresa F-Secure, especializada em segurança virtual.
As páginas são geradas para que o vírus possa, a partir delas, agir em máquinas infectadas por meio de códigos maliciosos ou até mesmo a destruição de arquivos. Estima-se que o Conficker já tenha infectado mais de 12 milhões de computadores.
A gigante norte-americana do software Microsoft prometeu uma recompensa de US$ 250 mil para quem conseguir identificar os criadores do vírus, conhecido também como DownAdUP.
A companhia modificou seu antivírus Malicious Software Removal Tool, que pode ser baixado de graça, para detectar e destruir o Conficker, mas "continua buscando novas maneiras de neutralizar a ameaça do Conficker para dar a seus clientes mais tempo para colocar em dia seus sistemas", diz um dos encarregados de segurança da empresa, Christopher Budd.
Fonte: Folha Online
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