sexta-feira, 10 de abril de 2009

Comer carne, uma forma de violência?

A situação dos animais de consumo nos convida ao vegetarianismo ou, no mínimo, a uma reflexão sobre nossos hábitos carnívoros.

Se remontarmos, por exemplo, à época de Jesus, o sacrifício de animais era uma desculpa para os homens ingerirem carne, e Jesus contestou o sacrifício de animais a cada passo. Ele proibiu a venda de animais para sacrifício e o consumo no templo, instituiu o batismo em lugar do sacrifício dizendo que Deus “requeria piedade, não sacrifício” e eliminou completamente o sacrifício de animais na Última Ceia (refeição vegetariana da Páscoa).

Pense um pouco: se você mata ou colabora na morte dos seres pagando a outros para que matem por você, implicitamente está apoiando uma forma de violência. Por conseqüência, todas as outras violências ficam mais fáceis.

Há pessoas que dizem: já está morto, então vou comer... De qualquer forma ela passou a apoiar os que mataram, toda a estrutura que vive desta violência. Há ainda os que acham que esses animais foram criados para isso e que, portanto, tal fato legitima a violência de sua morte. Ora, tal argumento serviria para qualquer morte. Se assim fosse, também poderíamos criar seres humanos para o sacrifício e seriam mortes justificáveis.

A raiz desse pensamento é a ideia de que nós homens somos proprietários dos outros seres. Na realidade, todos os seres estão conosco no mesmo lugar, a Terra. À medida que o homem ganhou consciência, não cabe mais no simples papel de predador. Ele se encaminha para ser algo muito maior e essa é a razão da mudança de suas atitudes em evolução.

Obs: Esse assunto é abordado no vídeo A carne é fraca, produzido pelo Instituto Nina Rosa (http://www.institutoninarosa.org.br).

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