O empresário Vilmar Pereira, em campanha para colocar o nome do ex-senador Fernando Bezerra na barragem de Santa Cruz, comete dois erros inaceitáveis:
1 – Sob o ponto de vista legal. A proposta agride a legislação vigente que proíbe que se dê o nome de pessoas vivas a bens e serviços públicos de qualquer natureza (lei 6.454/77, consolidada pela Constituinte de 1988 – artigo 37).
Pereira deveria recorrer a assessores jurídicos antes de qualquer iniciativa dessa envergadura, para evitar o vexame. Aliás, conhecer a nossa Carta Magna é um dever de todos, mas que poucos se preocupam a exercitá-lo.
2 – Sob o ponto de vista ético. A mudança atenderia o desejo de agradar o ex-senador – provavelmente Vilmar tem os seus motivos –, porém agrediria à memória do governador e ministro Aluízio Alves, que dá nome à barragem dos apodienses.
No dia 11 de maio de 2006, cinco dias após a morte de Aluízio, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei do então deputado Elias Fernandes (PMDB) dando o seu nome à barragem de Santa Cruz.
Projeto sancionado pela governadora Wilma de Faria (PSB). A “desomenagem” seria um dos piores pecados contra um homem público com o currículo de Aluízio Alves.
Faz-se necessário, neste momento, uma passagem breve pela rica história do “Cigano Feiticeiro”. Tem a assinatura de Aluízio obras que definiram o desenvolvimento do RN, como a energia de Paulo Afonso, a criação da Caern, do Banco do Estado do Rio Grande do Norte, entre outras tantas ações não menos importantes.
Remanescente da Constituinte de 1946, como deputado federal, Aluízio foi considerado o político precursor do marketing. Foi ministro da Administração e da Integração Regional (quando tornou decisiva a luta pela barragem de Santa Cruz), nos governos dos presidentes José Sarney e Itamar Franco, respectivamente.
Governador que marcou época no Estado, entre 1961 e 1966. Conseguiu manter relacionamento direto com a Casa Branca no início dos anos sessenta, articulando a vinda do presidente John Kennedy ao Estado para dezembro de 1963, que morreria, assassinado um mês antes.
Sem esquecer, provavelmente uma das suas maiores obras, que foi a implantação do método de educação Paulo Freire – no município de Angicos –, considerado revolucionário na época.
Esse breve histórico, por si só, impede qualquer tipo de iniciativa contrária a Aluízio Alves. Certamente, Fernando Bezerra, que foi amigo pessoal de Aluízio, não se sentiria bem ganhar brilho ofuscando o nome do líder. Fonte Jornal de Fato - Cesar Santos
Nota do Blog: É só o que faltava, esse tal de Vilmar Pereira querer mudar a historia do Rio Grande do Norte e principalmente fazendo campanha pra o mudar o nome de nossa barragem.
Continuo dizendo que essa Barragem, o Lajedo de Soledade (ta no pacote turistico do Hotel Thermas) e o Rio Apodi são de Mossoró.
Só falta agora Mossoró mudar o nome do VALE DO APODI para VALE DO MOSSORÓ e a CHAPADA DE APODI para CHAPADA DE MOSSORÓ.
Os mossoroenses já são "a capital do oeste", a "capital da fruticultura" e agora é a capital do Semi-Arido nordestino. Vão procurar o que fazer pessoal ! Deixem nossa barragem em paz.
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