O sábio, o inteligente, o malandro e o ignorante.

Todos nós temos um pouco desses quatro personagens. Com dosagens diferentes, mas temos.

Somos sábios quando usamos mais o conhecimento, com uma visão mais ampla, ouvindo a intuição e novas maneiras de pensar sobre o assunto. Do passado, do presente e do futuro. Infelizmente usamos muito pouco esse personagem. Normalmente é quando somos humildes, discretos e seguros nos assuntos que dominamos.

Somos inteligentes quando usamos mais a informação do que a sabedoria. Usamos, acreditamos e abusamos de gráficos, estatísticas, de tudo que nos sirva de bengala para justificar o que estamos determinados a fazer. Seja ético ou não. É quando somos prepotentes, arrogantes e sem respeito pela inteligência dos outros.

Também somos malandros por duas razões: para nos defender dos malandros ou para tapear os ignorantes e inteligentes. É em Brasília que encontramos em grande quantidade os especialistas dessa característica. A maioria com cara de malandro mesmo e os demais com caras angelicais (que só servem para serem chamados de exceções).

E, finalmente, somos ignorantes em milhões de assuntos (da criação do universo até como se faz aquele furinho no macarrão). Ignorar significa não conhecer, não significa ser burro. Por desconhecer a maioria das matérias escolares, dos conhecimentos, das informações, das regras estabelecidas e aceitas pela maioria, pensamos diferente. Do nosso próprio jeito. E aí, que nos aproximamos da sabedoria e nos distanciamos de ser um armário cheio de informações.