Os cuidados com a qualidade da água da cisterna foi o tema da mesa redonda durante o 6º Simpósio Brasileiro de Captação de Água de Chuva, que foi realizado em Belo Horizonte (MG), onde apresentaram diferentes experiências para resolver a questão da contaminação da água no Brasil e na América Latina.
Uma delas é a Desinfecção Sodis, implementada na América Latina pela organização homônima, localizada na Bolívia. Essa técnica consiste em armazenar até três litros de água da cisterna, com pouca ou nenhuma turbidez, em uma garrafa pet, devidamente esterilizada com água sanitária, e deixá-la no telhado, exposta ao sol, por cerca de oito horas. Depois, é só esperar esfriar e utilizar para beber ou cozinhar.
No Simpósio foi concluído que a tecnologia funciona porque “o calor solar juntamente com os raios UV [ultravioleta] causam um fator sinérgico, provocando a morte ou a inatividade dos microorganismos”. Apesar dessa ser uma alternativa de sucesso, Marcelo alerta que é importante fazer com que as comunidades utilizem a forma de tratamento que melhor lhes convir. Para ele, a fervura e a filtragem da água também são métodos simples e funcionais.
A qualidade da água da cisterna fica comprometida por conta da forma como o usuário faz o manejo. “É comum ver as famílias jogarem uma corda com um balde dentro da cisterna, na pressa de retirar a água, isso é um problema cultural. Temos que mostrar que essa pratica pode fazer com que as crianças tenham dor de barriga, por exemplo. Também temos que pesquisar para descobrir como podemos facilitar ainda mais a retirada dessa água, com bombas mais leves e duradouras, por exemplo”.
Uma saída para esse e outros problemas esta na conscientização massiva dos hábitos que garantem a qualidade da água. “Os meios de comunicação populares, como o rádio e as feiras são importantes instrumentos nessa luta, a participação de agentes multiplicadores para garantir que as informações cheguem a todos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário