sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Aquecimento global prejudica o combate à dengue

Os piores meses no combate à dengue no Brasil são entre março a maio, quando as altas temperaturas e a umidade atmosférica criam situações propícias para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. Contudo, neste ano, começou a ser observado um aumento dos casos nos outros meses, que geralmente eram considerados mais tranqüilos pelos agentes de vigilância sanitária. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aquecimento global, cujo reflexo foi sentido no prolongamento do período de calor no País, pode ser responsabilizado pelo avanço de doenças como malária, cólera, febre amarela e dengue pelo mundo.
O clima realmente pode ser considerado como um inimigo a mais na luta contra o Aedes. "Infelizmente, a dengue conseguiu se espalhar de maneira forte por todo o ano. No Brasil, ela já está deixando de ser epidêmica para ser endêmica".
Apesar de ser apontado como um forte fator de contribuição à proliferação do mosquito, o clima não é o único inimigo externo a ser combatido pelos agentes de saúde. Para muitos a falta de informação de qualidade ainda impede o avanço na prevenção da dengue. "É muito pouco eficaz o resultado obtido com campanhas de conscientização em jornais e TVs. A população responde muito melhor às visitas dos agentes de saúde, que indicam o que deve ser feito".
As maiores dificuldades é a organização para a realização de um programa coordenado entre todas as unidades da Federação para garantir um amplo combate à dengue. "Muitas vezes, não adianta nada um trabalho ser bem-feito num Estado, se em outro não há mobilização e a epidemia explode. É preciso que todos façam sua parte".
O combate ao mosquito está sendo realizado desde a distribuição de telas pra caixa d'agua no Estado de São Paulo até colocação de pequenos peixes (piabas) nos reservatorios da Cidade de Apodi no Rio Grande do Norte.
Existem também inseticidas para serem utilizados em jardins, que matam o mosquito mas são inócuos às plantas, mas os quimicos alertam para o uso de uma solução de água sanitária e água que é eficiente para matar as larvas do Aedes. "Basta misturar um litro de água com uma colher de chá de água sanitária e regar as plantas com isso, especialmente as bromélias, que acabam acumulando água onde o mosquito se reproduz. Também pode ser usado em ralos e grelhas de quintal".

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