As substâncias marcadas com asterisco são destinadas especificamente para a dor associada à osteoartrite.
• Cânfora e capsaicina (Cinnamomum camphora e Capsicum species): substâncias contrairritantes que estimulam terminações nervosas, inibindo a dor. São recomendadas para aplicação tópica em dores leves a moderadas. A cânfora está indicada em dores leves e agudas, como picadas de inseto e queimaduras leves. A capsaicina alivia temporariamente a dor em osteoartrite e outras condições. A aplicação provoca ardor e certo desconforto.
• Ácido alfalipoico: é um antioxidante que parece aumentar o fluxo sanguíneo neuronal e a captação de glicose. O resultado é a melhora da função nervosa periférica. Em pacientes diabéticos com neuropatia periférica, doses diárias de 600 a 1.200 mg reduzem os sintomas de dor e disestesia. O ácido alfalipoico deve ser considerado em pacientes com dor neuropática que não respondem a outros tratamentos analgésicos.
• Bromelaína: é o nome dado a um extrato de enzimas proteolíticas extraídas de plantas da família Bromeliaceae, que inclui o abacaxi (Ananas comosus). Atua bloqueando alguns metabólitos que ativam a migração de leucócitos. Por isso é um agente anti-inflamatório utilizado em lesões desportivas, traumas, artrites e outros tipos de processos inflamatórios. O uso oral de 400 mg de seu extrato por dia tem potencial para reduzir dor e inflamação.
• Magnésio: devido à sua propriedade relaxante muscular, pode ser usado em dor associada à contratura muscular. A quantidade diária recomendada é de 350 mg, mas doses de até 1.000 mg parecem ser seguras em pessoas sadias. Na gestação, o uso deve ser supervisionado, devido à sua ação sobre a musculatura uterina.
• Unha-de-gato e garra-do-diabo (Uncaria guianensis e Harpagophytum procumbens): ervas com propriedades anti-inflamatórias.
• Sulfatos de condroitina e de glucosamina*: atuam sobre a dor e sobre a progressão da osteoartrite.
• Óleos de abacate (Persea americana) e de soja (Glycine max)*: estudos clínicos com esses extratos sugeriram melhora de dor e funcionalidade em osteoartrite de joelho.
• Betacaroteno, vitamina C e outros antioxidantes*: podem retardar a progressão da osteoartrite, porém apenas se vierem da ingestão alimentar.
• Ácidos graxos cetilados*: há relatos animadores do controle de sintomas com o uso de suplementos orais e também de cremes de aplicação tópica.
• Superóxido desmutase*: é uma enzima antioxidante encontrada em todas as células, que converte substâncias tóxicas em outras inofensivas. Age prevenindo o dano relacionado à oxidação dos tecidos articulares, porém não funciona se ingerido por via oral, apenas injeções intra-articulares da substância mostraram efetividade.
Fonte: Artigo escrito por Roberta de Medeiros, doutora, professora titular de fisiologia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo (SP), Brasil.
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