O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) deverá divulgar nos próximos dias um estudo feito por especialistas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), apontando um alto grau de poluição da água das barragens de Pau dos Ferros, Acari (Gargalheiras) e Lucrécia.
O mesmo estudo aponta que a água da Barragem de Santa Cruz, em Apodi, tem um alto teor de pureza. Melhor, inclusive, do que algumas marcas de água mineral vendida em garrafões em várias cidades do Estado.
As Barragens Armando Ribeiro Gonçalves, na região do Vale do Açu, e Itans, na região Seridó, apresentaram qualidade de água razoável. Requer cuidados.
Com relação à Barragem de Santa Cruz, no município de Apodi, os pesquisadores se mostraram surpresos com os resultados das análises feitas em amostras coletadas no período de janeiro a março de 2010. "Em todas as amostras as propriedades microbiológica, físico-química e biológica foram excelentes, melhor que muita água mineral", explica a pesquisadora André Lessa, doutora em ciências biológicas e professora do IFRN.
André Lessa destacou, ainda, que a água da barragem de Santa Cruz, inclusive, tem propriedades que os especialistas acreditam que vão melhorar a qualidade de vida (saúde) da população que será abastecida com água através do Sistema Adutor do Alto Oeste e a Adutora Santa Cruz/Mossoró, ou seja, aproximadamente 15 cidades da região da região do Médio Oeste e Mossoró, o que chega a quase meio milhão de habitantes.
A professora Andréia Lessa explicou que no caso da água de boa qualidade da Barragem de Santa Cruz pode ser o resultado de uma combinação de vários fatores. Destacou o fato de não haver casas nas margens, não haver lançamento de esgotos direto no manancial, assim como o fato de o reservatório ter sido construído recentemente e ter transbordado nos últimos dois anos.
Em situação diferente estão os açudes de Lucrécia, Pau dos Ferros e Acari. Todos têm mais de cinquenta anos de construção e têm várias construções nas margens. "Jamais deveriam ter permitido aquelas construções nas margens da Barragem de Pau dos Ferros. Têm verdadeiras vilas, bares e até motéis nas imediações", reclama a pesquisadora.
Em Lucrécia, já existe um estudo de uma universidade de Brasília que apresentou alto teor de contaminação por metais pesados. Na época, chegou-se a cogitar o abastecimento das cidades de Frutuoso Gomes, Lucrécia e Martins. Com os bons invernos nos últimos anos, passaram a acreditar que a qualidade da água havia melhorado, o que ficou constatado agora que não aconteceu. Vejam mais no Jornal de Fato.
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