quinta-feira, 24 de março de 2011

A transposição vai ser assim!

Os 27 reservatórios que receberão as águas transpostas do Rio São Francisco e as nove estações de bombeamento da obra terão um sistema automático e integrado de monitoramento que permitirá o acompanhamento do volume de água, em cada ponto, e o eventual remanejamento das áreas mais cheias para as áreas mais secas.

Um centro de controle de operação interligará a tomada de água, os pontos de mudanças de direção dos canais, e a entrada em cada portal do estado para destinar o volume excedente para reservatórios estratégicos.

“Teoricamente, a vazão será dividida igualmente entre os estados [Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará], mas pode ocorrer de um estado ter água mais que suficiente em seu território em um determinado período e outro não ter o suficiente”, explica Elianeiva Odísio, coordenadora dos programas ambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco, ao dizer que nessas condições o futuro órgão gestor do projeto fará contato com os estados para efetuar a transferências.

“O regime hídrico na região não se comporta igual em todos os lugares. Pode ter períodos em que há chuva no Ceará, mas não tem em Pernambuco; ou tem seca no Rio Grande do Norte, mas não tem na Paraíba”, informa a coordenadora assinalando a necessidade do mecanismo de monitoramento e da tecnologia de transferência entre reservatórios.

O sistema funcionará nos dois eixos da transposição. O Eixo Norte, com 402 quilômetros (km), levará água captada em Cabrobó (PE) para os rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte; e Apodi, também no Rio Grande do Norte.

Segundo o projeto, os volumes excedentes serão armazenados em reservatórios estratégicos existentes nas bacias receptoras: Chapéu e Entre Montes (PE); Engenheiro Ávidos e São Gonçalo (PB); Atalho e Castanhão (CE); Armando Ribeiro Gonçalves, Barragem de Santa Cruz e Pau dos Ferros

Fonte: Agência Brasil

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