quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cães poderão ser usados em diagnósticos de cancros

Um cão treinado para farejar o cancro colorectal é quase tão fiável quanto os resultados de uma colonoscopia, defende um estudo publicado ontem no jornal médico Gut, com vista ao desenvolvimento de métodos menos invasivos para detectar a doença.

Marine, a cadela de raça Labrador retriever,de oito ano, utilizada no estudo, teve as mesmas 95% de respostas positivas que as colonoscopias quando farejou amostras da expiração e 98% quando se tratarm de amostras de fezes, segundo a mesma investigação, citada pela agência de notícias Bloomberg.

O faro dos cães é especialmente eficaz em cancros que estejam numa fase inicial, com os animais a conseguirem distinguir pólipos de neoplasias, o que não acontece com as colonoscopias.

Os resultados apontam para a existência de componentes orgânicos voláteis que podem ser a base diganósticos não-invasivos de cancros colorectais, escreveram os investigadores orientados por Hideto Sonoda, da Universidade Kyushu University, no Japão.

As colonoscopias, que implicam a introdução de um tubo com uma câmara no reto, e testes menos invasivos, como análises ao sangue fecal, só detectam casos da doença numa fase inicial em um em cada 10 casos.

O mais impressionante é a capacidade do cão de detectar o cancro dos intestinos em estádios precoces, já que a maioria dos exames não invasivos detecta mais eficientemente cancros em fases mais avançadas do que numa fase precoce

A detecção em fases precoces é o verdadeiro santo graal no diagnóstico dos cancros do intestino uma vez que as cirúrgias conseguem curar cerca de 90% dos pacientes nestas situações.

Neste estudo, Marine farejou amostras de 48 pessoas com cancro do intestino confirmado e 258 de voluntários que eram saudáveis ou que tinham sobrevivido a um cancro.

Estudos prévios concluiram que determinadas raças de cães, sobretudo Labradores e cães de água português, são capazes de farejas cancros da pede, bexiga, pulmão, mama e ovários. Cães devidamente treinados conseguem igualmente detectar melanomas cheirando uma ferida na pele. Vejam em Jornal de Notícia




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