Está estampado numa das páginas da Folha de São Paulo que uma mulher chamada de Eliana que tem 36 anos e há 34 vive em uma cama de UTI na divisão de Ortopedia do Hospital das Clínicas em São Paulo.
Ela teve paralisia infantil aos dois anos e só mexe os lábios e é com a boca que usa como instrumento de todas as ações.
Aos poucos Eliana foi abandonada pela família que foi deixando de visitar no hospital.
Eliana terminou o Segundo Grau, formou-se num curso de língua inglesa, em outro de língua italiana, fez curso de História da Arte, pinta quadros e acaba de lançar um livro.
O livro tem por título Pulmão de Aço, uma máquina que a faz respirar artificialmente, ela passa poucos momentos do dia fora dessa máquina.
Eliana pinta quadros segurando o pincel com a boca; com a boca segura a caneta e escreve textos e agora um livro, ela faz tudo mexendo apenas a boca, os lábios.
Pois bem, nós aqui fora, inventamos desculpas, não posso isso, não posso aquilo, e terminamos acomodados sem fazer nada.
Muitos jovens que não estudam, pedem ajuda, cotas, isso e mais aquilo, plenos de saúde, capacidade mental e física total terminam sem ter um futuro na vida. Lição de vida é assim, o caso de Eliana.
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